Invasão no jardim
É manhã de outono ainda,
O inverno ainda não veio.
Vou dar uma olhadinha lá fora
E me assusto com algo feio.
São um bando de arapuás,
Uma espécie de abelhinhas
Eles adoram as minhas rosas
Acham que são comidinhas
Vão devorando tudo
E se eu não as defendo
Acabam logo e contudo
Eu acudo, não me rendo!
Pego um inseticida,
Desses, de matar barata,
Jogo em todas as roseiras,
E os arapuás ele mata!
-Que bichinho impertinete,
-Mas sei que mel ele dá.
-Vai morar em outro canto
-Espaço aqui já não há!
O ano passado uma caixa fizeram
Bem no meio da minha árvore
Eu recrutei os bombeiros,mas
Eles não me ajudaram
Tivemos que retirar
Com nosso próprio recurso
A casa dos arapuás
Não adiantou meu discurso
Agora eu já não sei
Onde se escondem todos dias,
Mas as minhas roseiras
Vão ficando livres e sadias
Então vou ficar vigiando
Porque amo demais meu jardim,
Jogo logo inseticida
Eles que fujam de mim!