CONTEMPLAÇÃO
A rede balança...
O gelo do copo derrete rapidamente
ao tocar em minha boca
já quase adormecida pela bebida.
Os pirilâmpos que a pouco
enfeitavam a noite
com um show misterioso,
já apagaram suas lanternas.
E os macacos que se acasalavam
nos galhos mais altos
da Guajuvira, no mato grande
também já se acalmaram.
É madrugada!...
Sou convidado pelo silêncio
a mergulhar na magia da contemplação!
E... Fitando as profundezas do infinito
percebo que, estou fazendo companhia,
apenas às estrelas que brilham
sobre minha cabeça!...
Escrito no Sítio "Chaleira Preta" poucos meses depois da morte de minha mulher. "Betty".