CONTEMPLAÇÃO

A rede balança...

O gelo do copo derrete rapidamente

ao tocar em minha boca

já quase adormecida pela bebida.

Os pirilâmpos que a pouco

enfeitavam a noite

com um show misterioso,

já apagaram suas lanternas.

E os macacos que se acasalavam

nos galhos mais altos

da Guajuvira, no mato grande

também já se acalmaram.

É madrugada!...

Sou convidado pelo silêncio

a mergulhar na magia da contemplação!

E... Fitando as profundezas do infinito

percebo que, estou fazendo companhia,

apenas às estrelas que brilham

sobre minha cabeça!...

Escrito no Sítio "Chaleira Preta" poucos meses depois da morte de minha mulher. "Betty".

NORBERTO CASTRO
Enviado por NORBERTO CASTRO em 17/09/2010
Reeditado em 23/05/2013
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