Que dimana em mim

Após dilacerado

Há um sulco descomedido em meu imo

Que arde nas bordas e só

Cessa quando transborda lamúrias

Irrefreadamente... escuras, espessas.

Sem força ele não bombeia e os extremos

Frios de nada - são dedos opacos de

Vida que doem um agudo tormento.

O sofrer eterno de alguém que por dentro sangra.

Hemorragia desenfreada que alaga as entranhas

E escorre dos olhos cristalina. Que mancha a pele

De translúcido e reluz até cegar o olhar de quem vê

Inexistente para os com quem convive tenho os olhos cerrados,

Não de raiva, algo mais brando que não sei dizer.

Porque tanta dor? É o vazio de dentro que me corrói

Ou o turbilhão ininterrupto que me é externo

A aprisionar-me do lado interior? Nem para essa tenho resposta,

Uma vez que brotam perguntas de meus lábios.

Já as respostas nunca encontram o caminho até o consciente.

Arya
Enviado por Arya em 09/10/2010
Reeditado em 09/10/2010
Código do texto: T2547613
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