Enterro ( PARTE I )

Sou ave morta que não agüenta viver

Quero ser levada pelo vento ao Léo,

Para sentir os ensejos do conspirado

Momento desnudo da minha razão de viver.

Chapiscado no entupido desfalque

Enrolando em meu pensamento,

Desgrudando das forças do agreste

E desta agravante surpresa celeste.

Neste ponto mais alto da anatomia

Seu suflê constrói os marcos dessa utopia,

Enlanguescendo a fonte frágil desta antipatia.

O enterro foi um ser mudo

Não falante, tão somente constante,

Pois não teve cerimônia, e seu corpo foi colocado

Numa frigideira com óleo quente, derretendo as listras

Instrutivas dos seres incompetentes.

jesse ribeiro felix
Enviado por jesse ribeiro felix em 22/12/2010
Reeditado em 06/05/2011
Código do texto: T2686485
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