INSÔNIA

a boca aberta da noite

os ecos do silêncio

só as teclas trabalham

não tilintam os copos

não balançam as cortinas

os amantes não sussurram

não há gritos na rua

o barulho acabou

o relógio dorme

o tempo não passa

onde estão os latidos

os galos os gritos

os olhos do sol?

na pequena cama

o corpo exausto

o vazio da tua ausência

e as mil horas dessa noite

que me engole

que me vomita

Damião um POETA
Enviado por Damião um POETA em 08/04/2011
Código do texto: T2897773
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