HUMANO, o auge do seu sangrar

Vê e sente o calor que um dia lhe ardeu

E nessas bandas mágicas, a de se erguer o alguém

Que nunca terás o prazer de experimentar

E da voz doce, eis que surgirá a canção por todos entoada

E a voz do povo é o coro que te faz chorar, diga que não...

Pois tu é o fraco por trás do forte, o amargo por trás do doce

A vida que lhe nutre é podre e miserável

Pois não é verdade que seu gozo acompanhas choros sem-fim?

De tua janela eu vejo o céu e o inferno em um horizonte torto

Torta é sua caminhada e para sempre estarás perdido

Nesta terra, a de surgir aquele que te apagarás

E de ti, ouviramos nada senão contos inacabados

Pois tu é incapaz de ver a matéria de que é feito

A mentira lhe transborda e nesse mar tu navegas

Mas eu me cansei e nadar não quero mais

Se morrer, morrerei feliz

Mas nem uma mais palavra me farás sentido

Pois a minha raça me traz agonia e tristeza...

Pássaro das Palavras
Enviado por Pássaro das Palavras em 18/07/2011
Código do texto: T3103830
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