Azulejo

Vejo um azulejo

sobreposto à pedra fria

O sol bate incessante

a derreter os sonetos

O frio da pedra se aquece

e racha o lamento

Fugas e tardes descompassam

no mormaço, na secura dos dias

Frias são as noites

- o azulejo passa inerte

entre as pedras do rio

São Paulo, 8 de agosto de 2011.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 08/08/2011
Código do texto: T3147084
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