Azulejo
Vejo um azulejo
sobreposto à pedra fria
O sol bate incessante
a derreter os sonetos
O frio da pedra se aquece
e racha o lamento
Fugas e tardes descompassam
no mormaço, na secura dos dias
Frias são as noites
- o azulejo passa inerte
entre as pedras do rio
São Paulo, 8 de agosto de 2011.