Dia Santo.

As fogueiras foram acessas no sentido norte

Colocaram Simone, Samanta e Rebeca.

Uma do lado da outra estavam perto da morte.

Acusação: bruxaria.

Em baixo das hastes estavam seus homicidas,

Xerofágicos com seus abades olham friamente para Rebeca,

Que suplicou por misericórdia.

Consultado o humano Santo, o fato foi dado como definido.

Samanta olhava para o infinito, como se falasse com algo,

Pediu perdão.

Escorreu as lagrimas de teus olhos e a lavareda foi acesa,

E aos berros ela viu a escuridão.

O povo cheio de euforia aplaudia, cantavam,

E em torno da fogueira da Samanta, rodopiavam,

Os abades laçavam sorte sobre o vestido,

E Simone pressentiu seu fim.

Então cantou uma ciranda macabra mirando o episcopado Ronaldo,

Este desviou o olhar, mas lembrou da canção,

Um dia antes fora a mesma que ela cantou,

Em sua cama antes da oração.

Então o carrasco ateou fogo,

Rapidamente a palha queimou,

E com ela Samanta levou,

Para o abismo onde o Filho não habitou.

Rebeca solicitou umas palavras,

Os abades a deixou:

Então berrou:

Maldito sejas o sacristão,

Que mata em nome da religião,

Maldito o religioso,

Que mata por ser invejoso.

Maldito o pastor, que não acolhe a ovelha,

Maldito este júri que traiu Cristo.

guido campos
Enviado por guido campos em 29/10/2011
Reeditado em 29/10/2011
Código do texto: T3305555
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