A Canção das Flores
Valsa o desejoso céu poente
O harmônico ruído da humanidade
Entre todos os sonhos da mocidade
A esperança mostra sua cor iridescente
Flores hoje sem medo requestam
Sons abafados de sofreguidão e nostalgia
Ecos graves de você em demasia
Ao sibilante canto do vento se prestam
Flores que agradáveis perfumes e sons exalam
Banhadas pela morosa luz solar
Fazem-nos inconscientemente cantar
A canção das flores que se calam
Coros angelicais vibram as notas
Desta canção inerente ao destino
Entoada como um nobre hino
Ao âmago de todas as folhas mortas
Essa canção cheia de uma poesia florida
Iluminada traz na morte ainda a vida.