A FUGA
Do alto do campanário da igreja de um povoado,
Badalam os sinos em tremendo alarido,
Soando rebeldes a ferir sem piedade,
Mais ainda o meu coração sofrido.
Não sei por quem dobram os sinos,
Nem mesmo sei se dobram por alguém,
Mas, impaciente procuro desesperado,
Livrar-me rápido da aguda dor que me advêm.
Desvio meus pensamentos para lugares distantes,
Tentando uma fuga velada e sorrateira,
Que me faça sair dessa realidade funesta,
E que torne viva, minha esperança derradeira.