A FUGA

Do alto do campanário da igreja de um povoado,

Badalam os sinos em tremendo alarido,

Soando rebeldes a ferir sem piedade,

Mais ainda o meu coração sofrido.

Não sei por quem dobram os sinos,

Nem mesmo sei se dobram por alguém,

Mas, impaciente procuro desesperado,

Livrar-me rápido da aguda dor que me advêm.

Desvio meus pensamentos para lugares distantes,

Tentando uma fuga velada e sorrateira,

Que me faça sair dessa realidade funesta,

E que torne viva, minha esperança derradeira.

Gilberto Feliciano de Oliveira
Enviado por Gilberto Feliciano de Oliveira em 04/03/2007
Código do texto: T401378