Direitos Universais do Amor

É dever de todo ser amado permitir que não ajam leis e condutas escritas e malescritas que possam infringir na postura molecular das duas espécies tão distintas e tão verossímeis ao mesmo tempo.

Mas na permissão que me foi entregue, obstante a duras penas por ter um cérebro indescansável e altamente acessível em demasia, ponho-me no direito tolo de eternizar esta brincadeira medieval de tão velha, de adentrar nas histórias dos outros sendo eu mesmo como cobaia.

Sendo assim acordado:

É direito de todo ser amado, quando também de comum acordo e ao seu favor, o benemérito de triunfar com os valorosos beijos na boca da pessoa amada como telas abstratas, dizendo aos interessados que o amor é provar o gosto do invisível.

É dever de todo ser amado, nessas situações, permitir o cultivo deste amor, para que dele germine grãos, onde moídos temperam a vida.

Vale ressaltar que na maioria dos casos, este moedor fica de posse de apenas um dentre os pares e certamente acarretará dor diante do modo que estes grãos serão conduzidos.

Não estranhem meus caros, se qualquer dia, qualquer hora, vocês se sentirem como se estivessem abduzidos. Muitas vezes a forca que move corações tão pesados é potencializadora de efeitos estranhos. Este entusiasmo que faz de duas pessoas, uma só, nos dá a sensação de habitarmos um mundo distinto e distante, onde não há força exterior que de jeito de desgrudar.

Mas desde já replico aos meritíssimos senhores da humanidade que fica resguardado o direito de seus pares criarem em comum acordo suas próprias leis, pois qualquer coração apaixonado vale mais do que tabulas em prol do sentimento mais inexplicável do mundo.

Tiago Ortaet®

15/03/2007