Ode a dor

Lavas-te em lágrimas, amor,

Em águas que te ferem as faces,

Vielas te pedem que lá passes,

Mesmo sabendo-as lágrimas de dor.

São rios, cascatas sem igual

Essas que sentidas vertes…

São pedaços de alma que perdes,

Detentoras de uma pureza tal…

Fossem elas de bendita alegria

E em viela me transformava,

Para as receber de noite e de dia.

Por as saber tão sofridas,

Fosse eu sol e t’as secava

Com mil calores, em mil vidas…

Gabriela Malheiros
Enviado por Gabriela Malheiros em 22/03/2007
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