Ode a dor
Lavas-te em lágrimas, amor,
Em águas que te ferem as faces,
Vielas te pedem que lá passes,
Mesmo sabendo-as lágrimas de dor.
São rios, cascatas sem igual
Essas que sentidas vertes…
São pedaços de alma que perdes,
Detentoras de uma pureza tal…
Fossem elas de bendita alegria
E em viela me transformava,
Para as receber de noite e de dia.
Por as saber tão sofridas,
Fosse eu sol e t’as secava
Com mil calores, em mil vidas…