Lagoa Poética

A lagoa era quem era a poeta

Quando a rã saltava

Ela balbuciava o haicai

Quando ela amerissava

Nas folhas semi-afogadas

Do aguapé

Tocando cada pé

Levemente na pele

Película nervura

Da folha

Som bolhas água silêncio

No igarapé

Os versos estavam gravados

E desenhados

Nas minhas córneas dilatadas

E extasiada de tanta beleza

O martelo dos meus ouvidos

Esculpia e ouvia

O ponto final.

Luiz Alfredo - poeta

luiefmm
Enviado por luiefmm em 28/05/2013
Reeditado em 29/05/2013
Código do texto: T4314269
Classificação de conteúdo: seguro