Perdidos

Sonhos em vão

Se vem e se vão

No compasso do coração...

Que bate e canta

um soneto ou uma ode mínima

a quem se ama para sempre

A quem se pensava estar

Seguro e eternamente

Dentro aqui

A quem se julgava

que fosse diferente

Aquele encanto em gema limpa

Safira pura em esmeralda bruta

Se reduziu a pura lata...

corroída pelas lágrimas

de uma noite fresca...

Agora, menina,

Abrace o travesseiro

E ouça o tempo

Teu fiel companheiro

Enquanto os tuntuns do coração

A emoção, e os doces sonhos de verão

Voam e flutuam, perdidos no vento...