Lua Amarga

Escrevo à noite

Para acalmar a minha escuridão

Por mais positivo que eu sou

O sol se põe e restam sombras na imensidão

E nem mesmo o brilho

Intenso da imensa amarga lua

Pode conter meu medo do escuro

Nem minha vontade de ir para a rua

Tento me esconder de todos

Mas do que sinto não há fuga

E isso me machuca

Eu já tentei tantas vezes apenas uma fuga

Não tente me entender

Estou sozinho tentando me convencer

Que esse terror é comum

E não quero um clarão acender

Não quero acender a minha luz

Como uma lâmpada que se apaga

Completamente consumido pelo negrume

Como o brilho desta lua amarga.

Luiz Henrique Santos
Enviado por Luiz Henrique Santos em 15/02/2014
Código do texto: T4692748
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