O muro

Novamente o velho muro

nasce na memoria.

Esverdeado pelo tempo

de musgos recoberto, solitário

Parecia do outro lado guardar segredos.

antigo e nunca revelado.

Cheio de encantos repousava

sobre ele uma giesta de jasmins.

No entardecer ainda mais sóbrio

Na luz difusa o muro esborcinado

Transforma-se devagar

em pouso de quimeras.

Trazendo-me bem vivas outras eras

murmúrios de um noivado hoje no fim.

Hermes Brasil
Enviado por Hermes Brasil em 26/09/2014
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