O muro
Novamente o velho muro
nasce na memoria.
Esverdeado pelo tempo
de musgos recoberto, solitário
Parecia do outro lado guardar segredos.
antigo e nunca revelado.
Cheio de encantos repousava
sobre ele uma giesta de jasmins.
No entardecer ainda mais sóbrio
Na luz difusa o muro esborcinado
Transforma-se devagar
em pouso de quimeras.
Trazendo-me bem vivas outras eras
murmúrios de um noivado hoje no fim.