REVÉS
Chorei ao voltar no velho “Machado”
Cheguei ansioso, saí machucado
Aquele cenário vivido na infância
Já não é plenária a sua importância
Lá onde vazava um belo regato
Agora o que resta é só um "retrato"
As límpidas águas então escorriam
Cobrindo as pedras que frias jaziam
As verdes matas cobriam os montes
Colhiam as chuvas, pariam as fontes
Foram ceifadas pela ignorância
Então pela fúria da cruel ganância
Haviam também tantos passarinhos
Alegres cantavam, faziam seus ninhos
Todos os animais perderam o habitat
De formas banais sofreram o descarte
E onde brotavam os belos rebentos
Agonizam nascentes ao léu, ao relento