FRAGMENTOS DO TEMPO

Eita saudade danada!!!!!

Da velha porteira de tábuas largas

Que rangia quando aberta

E batia, se fechada, com um som rouco e melodioso

Ecoando pelo pasto...

Do curral cheio de gado, mugindo na madrugada...

Cheiro de estrume fresco misturado com o de melado.

Do cerrado buliçoso

Do capim todo orvalhado...

Daquele galo altivo, saudando o alvorecer...

Do cacarejar das galinhas, no quintal vasto e florido...

Daquela horta pequenina, verdejante e perfumada...

Das laranjeiras floridas

Como alvas noivas enfeitadas...

Dos lírios do brejo cobrinho o verde úmido,

Onde borboletas amarelas, rodopiam alucinadas...

Do monjolo saudoso nas noites embalando os sonhos...

Do córrego pequenino cortando o quintal e o pasto...

Daqueles luares argênteos, deixando magia no ar...

Dos pirilampos levados...

Do canto triste de uma coruja,

Na cumeeira da velha casa

Lembrando que tudo passa, e que a morte nunca atrasa!!!!!!

INÊZ CURADO
Enviado por INÊZ CURADO em 02/12/2014
Código do texto: T5056201
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