Vidasonho

nas margens falsas de um rio seco

entre pedras de todos os tamanhos

pedaços de madeira jogados

por uma mão anciã

a imaginação tecendo a teia

o sol brilha inteiro no alto

cores e sombras mesclados na ausência

estrada infinita a serpentear a serra verde

que divide céu e nuvens ligeiras

enquanto o pó deixado pelos carros se espalha

campos coloridos ouvem o canto das abelhas

flores abertas ao amor eterno

perfumes confusos se enroscam na brisa

árvores desalinhadas debruçadas na grama

insetos ocultos nas folhas dilaceradas

restos de parede derrubados pela enchente

tijolos de barros quebrados,desfigurados

a morte do que o homem deixou

o latente preso nas cercas esfarrapadas

mato adornando um poço abandonado

carlos assis
Enviado por carlos assis em 23/01/2015
Código do texto: T5111218
Classificação de conteúdo: seguro