OCEÂNO
É tão belo,
Que já me sinto leve,
E sutil, levitando pelas ondas.
A maré me leva embora.
Esse vai e vem repercute à curva dos rochedos,
e sou jogado, na disputa.
Grandes oceanos profundos.
Os olhares dos mares,
e os rios sinuosos.
Sou o novo habitante das águas.
E sem o oxigênio sobrevivo,
já não preciso.
As luzes transpassam,
tão nítidas no tom escuro do mar.
Do meu corpo.
Sou as águas escuras.
E o repouso, tão desejado.
Nessa mistura,
Nessa nova ordem.
E o organismo fundido.
Entre águas, ventos e luzes.
Uma agitação sem fim
permeia meu espirito.
Pressões sanguíneas emergem pelas entranhas da minha pele.
E meu corpo exala o perfume dos mares.