OCEÂNO

É tão belo,

Que já me sinto leve,

E sutil, levitando pelas ondas.

A maré me leva embora.

Esse vai e vem repercute à curva dos rochedos,

e sou jogado, na disputa.

Grandes oceanos profundos.

Os olhares dos mares,

e os rios sinuosos.

Sou o novo habitante das águas.

E sem o oxigênio sobrevivo,

já não preciso.

As luzes transpassam,

tão nítidas no tom escuro do mar.

Do meu corpo.

Sou as águas escuras.

E o repouso, tão desejado.

Nessa mistura,

Nessa nova ordem.

E o organismo fundido.

Entre águas, ventos e luzes.

Uma agitação sem fim

permeia meu espirito.

Pressões sanguíneas emergem pelas entranhas da minha pele.

E meu corpo exala o perfume dos mares.

Dionísio Antiquado
Enviado por Dionísio Antiquado em 29/03/2015
Código do texto: T5187546
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