POR DOM OU MALDIÇÃO...

A sina da minha sede em vaidade,

Trouxe o duro limiar da saudade,

Que me deixou o gosto sentir.

Quem dera fosse raso ou zero o perfume,

Essa identidade que chega e me assume,

Não haveria nada para o peito consentir.

Agora, rasga o olhar, mesmo fechado,

Assim, dormindo ou acordado,

Posso te ver e o teu perfume pressentir.

Não! Não sei se por dom ou maldição,

Mesmo que Deus tenha me tirado a audição,

Restaram tantos dos meus sentidos para ti.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 02/04/2015
Código do texto: T5192036
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