Do Feriado

Entendo quando eu espero na janela e ninguém vem

deve ser perigoso passar pela minha rua.

Entendo quando eu escrevo e ninguém lê

deve ser estranho ler uma alma nua.

O frio do feriado é calmo e empolgante

encobrir o cansaço com cobertor e chocolates

tragar o imenso ardor de viver

prontos para mais um dia de combate.

Isso vem da imaginação de um retrocesso ambulante

isso vem da voz de um mudo

esqueçam esse mundo doido

sintam como é doído esse mudo.

Jéssica Orth
Enviado por Jéssica Orth em 01/05/2015
Reeditado em 12/05/2015
Código do texto: T5227487
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