Asas do vento

Soltei sonhos
como se solta pipas.
Nas pipas a linha de algodão,
as fazia voar até o infinito
de meus olhos meninos.
Trazia-as de volta para mim,
quando à mim convinha trazê-las.
E assim durava o prazer
enquanto durassem as pipas,
E outra pipa fazia
para outro prazer viver,
no dia seguinte nascido.
Foi assim com os meus sonhos.
Pensei soltá-los como pipas
mas soltei-os como balão.
Nunca mais voltaram para mim
como em noite de São joão.
zilma Damasceno
Enviado por zilma Damasceno em 15/06/2007
Reeditado em 16/02/2008
Código do texto: T528624
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