Ares Incrédulos.

A morte que caminha sobre nós!

Uiva pelas noites, esquecida;

Rangendo seus dentes aos faisões amigos,

Cruel inimiga de nossa carne.

Abutre dos ares incrédulos,

Acorda em ventre da serpente,

Usurpando sangue, que ali transcende;

Entre as vistas dos querubins cristalinos.

Na cadeia do espelho mortiço,

Recobre a saudade vivida,

Em laços eternos de sua hora.

Declama seu nome, em mortal gia,

No penhasco da vida desaconselhada!

Derrama a cólera, mas vem decifrante.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 25/06/2015
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