Um olhar além

Não há nada, não há ninguém

só as estrelas por possibilidades

e o mar revolto como quebra de inércia

O espírito convulsiona

[na prisão do corpo]

E um vulto paira lentamente

Mas não há trevas ou soluços que me parem

Há sim, um olhar derradeiro

como coluna e pedra

Há sim, um sorriso perdido

Um grito dado

Uma batalha obscura

Mas não há dor

ou angústia bestial que me paralise

só as estrelas por testemunhas

desse amor tórrido

[pelo desconhecido]