Traço Celeste.

Abranda-me o sol, como traço celeste,

Quão cedo minha alma se encarrega,

Dialogar entre a vida e as memórias,

Dum lugar obscuro e harmonioso.

Se, há este antro minha carne sobrepujas,

Caminho num inferno de orgias astutas,

Bem, recente no aguento deste semblante,

Logo se estafa minha dor nesta vereda.

Pois tudo, que passa acomete o tecer,

Logo, me vejo, ao febril arco do entravo,

Semelhante a um corvo sobre a cortiça.

Caído no verte, desta nua emboscada,

Onde eu, sinto o pernoitar da aurora.

De asas aparadas, no abismo da paridade!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 13/09/2015
Código do texto: T5381133
Classificação de conteúdo: seguro