A Expulsão

Relutou dizendo: Ó passado! Saia de mim com sua traça maldita da culpa

Não quero o seu esfregar no nariz da sujeira

Da desídia no trato, do lapso da ação não executada

Dos destroços que provoquei, sai!

Olhou ao que estava à esquerda, balbuciou:

Deixei sim o que não quis

Virei a mesa! Provoquei!

Satisfiz a minha vontade de não querer

Deu um passo a frente sem olhar para trás, afirmando tranquilamente:

Entreguei minha Alma a Deus e ao diabo

Saberão o que fazer comigo

Não me arrependerei, jamais!

Andando vagarosamente, olhando para frente, arrematou:

Quero o hoje

Aguardarei o amanhã...se chegar...

Se “Eu” não for antes...

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 04/12/2015
Reeditado em 04/12/2015
Código do texto: T5469869
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