Campanário

Campanário

No vale serrano,

Perdido nos montes,

Ergue-se rústico

O campanário,

Vestido de pedra

E cal dos fornos.

Guerreiro do tempo,

Ornado de cardinais,

Setas e galo no elmo.

Luta ao sabor do vento,

Érea massa de armas,

Soando badaladas frias.

Ruge, ao tempo, as horas,

Entoa melodias populares,

Invectivando os viventes.

Anuncia a luta da vida,

Busca o repouso na noite

E a paz da morte vinda.

Esse campanário demanda,

Solitário, lavores e sono.

Entoa orações ao Deus.

Altivo, reúne os povos,

Na dor, na alegria, enfim:

Menestrel dos céus e terra.

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Poeta sem Alma
Enviado por Poeta sem Alma em 26/05/2016
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