Solidão Bucolica

Austera dimensão de solitario luto

Boca sem luar onde deságue o canto

Ante o diamante oferecido reluto

Depois a sos verto exacerbado pranto.

Morte dura de caos sem memento

Exceto a fantasia,fantasma do peito.

Tu me consolas,oh prado verdejante!

Florido mel de harmônicas harpas,

Colocas o lirismo novamente nos mapas

Da universal poesia,o hino latejante!

Prodigio de lume abundante dos ares

Para a esperança amorosa tem altares.

Volve já o eco dos mundos em meu peito

Vasta a cidade perto esplende vida,

Renasce no coração ,fé na vida vivida,

Borda caricioso afago no afeto eleito

Brado a soar de celestes revérberos

Hino verde azul na alma funda castelos.

Assim te quer o hinário do nobre templo

Da musa grata as esmeraldas das manhãs

Ouro incrustrado oferece o alto exemplo

Da poesia,eco divinal,rosa malsã.

Busca da esfera vasta um novo canto

Mata com mel o dragão gélido do pranto.