A rosa dos meus ventos

Vou criar meu próprio barco,

a própria bússola, o sextante,

as cartas náuticas

e farei minha travessia.

O meu percurso é distante.

Armarei as velas dessa nau.

na vida feita de instantes.

Fui bom, mau, bem e mal.

O que eu serei adiante?

E o que é a felicidade

que me parece distante?

Deram-me o norte e disseram:

_É apenas um norte,

segue qualquer quadrante.

Nessa rosa dos ventos,

no inferno de Dante,

Bem ou mal, bom ou mau,

Minha nau persegue

algo e segue adiante.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 22/08/2016
Reeditado em 29/08/2016
Código do texto: T5736226
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