do nove
minhas descargas se fixam em reflexos da multidão vazia
a mão frenética do pai
desenha as mentiras sacanas que gostaria de ouvir das amantes
que nunca foram assumidas verdadeiramente
o sorriso falsifica a angústia que banha a cerne da obra prima
e ali a certeza de sua burguesia escrota
afinal, o que merdas estou fazendo aqui?
ele pensa
a fome de rua lhe trás lágrimas ao centro de equilíbrio
fez-se presente a estrutura sólida
mas nem isso foi capaz de impedir o salto rumo ao balde vazio
(acabou!)
o riso estranho se fecha
e finalmente
estou livre de mim