Segunda letra

Quanto tempo depois do último encontro...

Quantas portas fechadas,

quantos frios sentidos

Quantas mãos perdidas a tatear no escuro uma voz

A tua voz!

O teu sorriso,

A tua sabedoria.

Quanto tempo perdido...

Desde de o último aplauso

Quando as cortinas cansadas

Do palco se fecharam pra vida

E o que é minha vida, hoje??

Talvez um emaranhado de cotidianos

Onde reedito, um antigo poema inacabado

Aos 4.2 de vida, pareço não ser o mesmo

Mas ainda componho, na memória, uns personagens que não nasceram

Ainda escrevo - e perco - um texto

Perfeito para uma única cena - a última talvez

Eu deveria ter resistido ao tempo (sem medos)

Deveria ter atravessado essa ponte de orgulhos

Na qual nos desviamos pra achar um caminho provável.

Eu deveria fazer o caminho reverso

Voltar onde, de repente, tudo parou

Não esqueço!

Deveria??

Talvez!!

Ney D Cordovil
Enviado por Ney D Cordovil em 08/12/2016
Código do texto: T5847580
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