desesperança e esperança

Aqueles olhos não eram mais os mesmos,

Havia tristeza onde antes imperava a alegria,

E profunda amargura,

No lugar da saudosa doçura.

O horizonte lúgubre,

Pairava vilmente sobre as cabeças,

E o verbo trágico,

Profetizava a implacável sentença.

No pranto suplicante da doce mãe,

A sua alma pura e cristalina,

Transparecia ante os olhos,

Revelando a bondade na surdina.

E o vento negro, carregado de angústia,

Soprava de forma ímpia,

Dilacerando o tenro coração,

E deixando a amada esperança, longínqua.

Neste marasmo sem fim,

Emergido e embebido na desesperança,

Surge uma ponta de confiança,

Uma luz distante e embaçada.

E a alegria vivaz, que antes trazia nos olhos,

Ganha nova vida, novo fôlego,

E ressurge como a fênix,

Entre as cinzas, e um novo clímax.

Daniel Marin RS
Enviado por Daniel Marin RS em 16/09/2017
Código do texto: T6116193
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