SOU VERSO, SOU BICHO...

Minha mente anda perdida

Neste turbilhão de um nada

Em busca de versos se apaga

Na imensidão de minha vida.

Pobre coitada já descrente

Rasteja, quase que arqueja

Que nem serpente, rasteja

Quase morta a areia quente.

Chego a ter dor de mim

Pois sei que sou valhado

No íntimo de minha voz

Sou início sem fim

Engasgo de um trago,

Sou verso, sou bicho em nós.

paulmark
Enviado por paulmark em 10/10/2017
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