Saudade do interior

Saudade da vida pacata

Da vida que não tive mas desejei

Saudade da terra molhada

Da gente simples que sempre invejei

De sentir o pulsar da vida

De andar distraída

de ouvir pássaros cantar

Voltar cansada da lida

Comer com fome a comida

Dormir e bem cedo acordar

Saudade do cão perdigueiro

Do moleque faceiro

Que descalço se põe a brincar

De ter essas lembranças queridas

Da simplicidade da vida

De um por do sól pra se impressionar

Saudade de ter um lugar

De onde partir mas que sempre se pode voltar