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   PARAÍSO  BRASILEIRO

Explosão de cores, alvorecer,
o frescor suave das manhãs,
efeitos outonais das madrugadas,
gélidas e enluaradas,
cantar inebriante da passarada
sabiás, tuiuiús, jaçanãs...
Águas, correntes cristalinas,
Lágrimas doridas, retidas
sorrisos de crianças, emoções contidas.
Mestiças, morenas meninas
em folguedos de infância.
Caboclo forte, o pantaneiro
em seu lar, rancho caiado,
sonhador, forte,trigueiro,
desbravador, peão alado,
turrão, valente aventureiro.
As exuberantes paisagens,
Fauna e flora, inolvidáveis maravilhas,
aos olhos nativos , caminhantes de passagem.
No arvoredo, a grandeza selvagem, espaços,
imensidão alagada, milhares de pássaros
voejando livres e leves no anil.
E as águas cristalinas, nascentes,
riachos, lagoas, corredeiras e cascatas,
peixes e anfíbios em profusão,
belos espécimes animais, nas matas,
harmoniosamente, em comunhão.
Borboletas multicores nas campinas,
cervos, velozes, matreiros...
Encanto dos inúmeros alagados,
nos verdejantes campos, sonhos dourados.
Sons diversificadamente selvagens,
ecoam na imensidão, belezas no entardecer.
Ribomba o trovão nas paragens,
bramidos de feras, no horizonte.
Nas coxilhas, sorrateiras jararacas e corais,
nos céus o vai e vem de jaburus,
em galhos de árvores colossais,
o abrigo seguro de jacutingas e urus.
Em sua diária faina pantaneira,
boiadeiros, cavalos e cães pastores,
a reunir boiada, nos cercados,
rudes peões, másculos trabalhadores.
Surgir da noite, o cálido momento,
lua cheia, estrelas luzentes...
Na rancharia e acampamentos,
fogo de chão, carreteiro, churrasco suculento,
mateada e a tradicional roda de canção.
E, após, o descanso, repousar até a madrugada.
Ao surgir a tênue luz no arrebol,
farfalham folhagens, ruídos diversos, passarada, 
retomar da vida, a dura lida sob o sol,
renovadas esperanças, novas aventuras,
o labutar com esperança e amor,
o tratar da terra, na natureza, ternura
na busca do sustento com ardor,
no encantado e maravilhoso paraíso !