Ops...

O céu, claro, claro...

De uma perspectiva perspicaz,

É tão negro como a morte.

E, como dizem, ninguém tem sorte.

Escaparam, tão lívidas, as palavras.

Elas ricochetearam e teceram esse poema.

No céu ele apareceu, mas sem um semblante angelical.

E sim com um cheiro de água amoniacal.

Matou a todos de vergonha.

Assim disseram os parvos.

Alguém avistou uma cegonha,

De longe, a menos de dez passos.

Sem dúvidas eram parvos.

De tudo um pouco:

Corvos, Páreas, Potros, Párocos.

Então o reboliço estendeu-se.

Achou-se na confusão, letras e mais letras da poesia.

E combinavam-se de forma indecorosa

Num outro poema horroroso.

Rompeu-se, desatou.

O cordão umbilical sucumbiu,

Então o céu, claro.

Claro que o céu, ele próprio.

Engoliu-nos.

Dennis du Toulouse
Enviado por Dennis du Toulouse em 23/11/2007
Código do texto: T748480
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