Noite de poeta.
Sou um assassino , se penso.
Torturei minha existência , amando
Assassinei minha vida, quando resolvi buscar em alguém a felicidade.
Uma corrida infinita e em circulos
Onde o fim é quando se inicia
Ja nem tenho cicatrizes para tantas histórias
Quando a marca é interna, a chaga não transparece ao amanhecer, porém, te queima a noite toda em remorsos e desculpas.
Sou um sádico, se penso.
Doei meus abraços a caminhos incertos
Meus beijos joguei fora , em noites que me levantei sozinho, do chão de cimento batido.
Nos dedos contei risos , na expressão do rosto sou arte barroca, poucos enxergam sua beleza.
Me dou conta da loucura, quando penso.
Trabalho todos os dias pra comer, e o tempo que me resta, tenho fome
Amo os carinhos do vento, mas não o posso tocar com minhas mãos
Amo chuva, porém é de puro sadismo de minha parte, cultivar seu choro.
Escorre na parede , vida
O gato se deita no pé da cama e me olha
Pisca sereno e adormece, meu café esfria
Minha mente começa seu jogo
Embaralha tudo e me pede para apostar.
Mas ja dei tudo o que eu tinha
Fé, amor, ódio, prazer...
Compostos numa pilula , chamada viver.