Noite de poeta.

Sou um assassino , se penso.

Torturei minha existência , amando

Assassinei minha vida, quando resolvi buscar em alguém a felicidade.

Uma corrida infinita e em circulos

Onde o fim é quando se inicia

Ja nem tenho cicatrizes para tantas histórias

Quando a marca é interna, a chaga não transparece ao amanhecer, porém, te queima a noite toda em remorsos e desculpas.

Sou um sádico, se penso.

Doei meus abraços a caminhos incertos

Meus beijos joguei fora , em noites que me levantei sozinho, do chão de cimento batido.

Nos dedos contei risos , na expressão do rosto sou arte barroca, poucos enxergam sua beleza.

Me dou conta da loucura, quando penso.

Trabalho todos os dias pra comer, e o tempo que me resta, tenho fome

Amo os carinhos do vento, mas não o posso tocar com minhas mãos

Amo chuva, porém é de puro sadismo de minha parte, cultivar seu choro.

Escorre na parede , vida

O gato se deita no pé da cama e me olha

Pisca sereno e adormece, meu café esfria

Minha mente começa seu jogo

Embaralha tudo e me pede para apostar.

Mas ja dei tudo o que eu tinha

Fé, amor, ódio, prazer...

Compostos numa pilula , chamada viver.

Robert Ramos
Enviado por Robert Ramos em 26/08/2022
Código do texto: T7591415
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