Sábado Nublado
Sentado á Lareira
Com uma pena, um pesar
Palavras se apagam num poema
Cobertos por cinzas
Escuridão enobrece, apagado último cigarro
Inverno desagua sobre a casa fira
Palavras de amor em obsoleta comunhão
Escadaria ao paraíso
Com entrada paga a cada esquina
A vida torna-se injusta
Quando quem a porta não há mais lê
Sentelhas e chamas
Com a última taça erguem-se
Sobre a lápide de um passado morto
Lótus brota em campo de mágoas