Saudade
A primeira gota caiu
Nos entrelaços das teias.
Fundi meu corpo às primícias
E aos resquícios,
Mas só do orvalho caiu.
E junto, dos raios, subiu...
O fulgente brilho desse Sol longiço,
Em quem, em mim, deixou a doce ceia...
No abandono do meu corpo...
Inércia do momento..
Saudade.
Cidade!!!???
Espero ser coisa de tempo...
Pra no campo sentir-me todo.
Joguei você, pedrinha de fogo, nesse leito,
Como quem quer conversar com alguém...
Que deita e rola num marulhar falante...
E eu só ouço aqui teu som e o mesmo som distante,
Como que fugindo, estando, num esvair de cheia de ninguém,...
Mas, que umedece com sua doce neblina...
A guri saudade que há em meu peito.
Vicente Freire – 11/04/1983.