Veraneio Irajá

O rancho nosso outrora, o Veraneio

Berço dos passarinhos e auacás

É onde o vento arreia os panamás

Dos nobres baronetes ao passeio

Lá que dos canarinhos o gorjeio

Conjuga-se à viola-Jatobá,

Qu'embrulha o aroma de maracujá

Recém fendido ao maracujazeiro.

Quão doce me era a luz a par e passo:

O âmbar-quente dos céus, ruborizando

Mensurava a cadência d'um compasso

Pra dizer-nos das flores despontando

Às encostas. E o sol louro, dourado

Enredava rosinhas aos filantos.

Raquel Minchetti
Enviado por Raquel Minchetti em 19/03/2024
Reeditado em 19/03/2024
Código do texto: T8023631
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