<<<O CORPO>>>

Os dedos

Podem fazer os corpos mais febris

Entender o porquê de tal nobreza

A beleza da clara pele

Mantém a pele escura no lar solícito desta crença

E a maneira sublime de sentir o corpo

É estando louco, mais do que se pensa

Sendo a mente fria, muito, muito pouco

Ao corpo q atrai a desavença

Mas muito, muito mais do que se pensa

A crença é q eu estou ficando louco

Pouco, ou muito mais do que se tenta

Tento ser muito mais do que um pouco.

As pernas

Levam-me a lugares além do que se vê

Vejo então em mim um pouco de você

Ao meu longo e amalgamado passo lento

Guiando-me ao que se pode ver

Ao menos em que se possa crer

Do ser que encaminha-me hilário

Ao corpo magnífico um querer

Num suculento e tórrido desgosto

Alívio do profundo bel-prazer

Tornado a esconder o belo rosto

E o corpo que eu queria descrever

Perde-se num coração manso ou revolto.

A mente

Demonstra maior dor do que se sente

A fina flor da leve e eterna brasa

Reflete um pensamento displicente

Amável ser crescente em plena casa

Revela-me um sorriso até então inexistente

A quem regeu tal pássaro sem asa

Na fina flor que a leve e eterna brasa

A escura pele revela o teu amor

Na paz forçante que em mim não crava

É a brasa revelando-me nesta vida

Uma outra dor.

O todo

Toque feliz no corpo mais tristonho

A cama do descanso nesta noite

Relaxa-me e renova-me risonho

Ao que leva-me contigo no teu sonho

No mar profundo do teu belo corpo

O rosto esconde a dor causada aos outros

Em sonhos, pesadelos ou insônias

Nas mais instintas partes decadentes

O amor pequeno agora é crescente

Na dor sempre presente em minha vida

Se a dor da hora agora se aprimora

No longo e doloroso toque do relógio

Lamento o adeus na minha despedida.

Onécimo Fiuza
Enviado por Onécimo Fiuza em 05/01/2008
Código do texto: T804169