Ode à Lua

Lua, amiga e companheira

das madrugadas vazias

me diz nessa noite cinzenta

neste arrebol que anuncias

donde veio esta tormenta?

quem desferiu este golpe?

quem decidiu meu destino?

Apunhalada e traída

abandonada à própria sorte

me entrego em batalha rendida

vítima dos meus desatinos

numa quase agonia de morte!

Serro as janelas d'alma

descerro as cortinas da vida

sou guerreira humilhada

sou infante, sou bandida

sou uma flor despetalada

sou meras quimeras perdidas

em meio ao pó desta estrada

nas batalhas e contendas

em tantas noites esquecidas!

Clamo aos céus por meu alento

que me venha em socorro

que essa Lua soberana,

dama imponente e altiva

me cubra com seu manto d'ouro

me adorne a fronte de estrelas

e vele pelo meu sono

que eu possa na alvorada

fortalecida e renovada

ganhar novamente a vida

empunhar a minha espada

erguer minha fronte aos céus

dar amor...e ser amada!

Monica San
Enviado por Monica San em 16/04/2008
Código do texto: T948151
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