Aquela Mãe
Aquela Mãe
E aquela Mãe seguia seu filho,
continuava firme como as rochas
do lugar sentindo pesar o peito,
sufocar a alma, engasgar o pranto.
Fel derramava em sua boca, sorvia
calada, sentida, amargurada, paciente,
machucada no amor materno.
Sentia todas as dores do mundo!
Estava-se cumprindo a lei, ela sabia
e nem por isto sua dor foi branda,
sentiu na própria cabeça os espinhos
da coroa, lança transpassada no peito.
Reviveu a ventura de simplesmente ser
Mãe, alegria da espera nos preparativos
e tomar no colo aquele ser pequeno,
frágil, doce. Viveu como qualquer mulher!
Não haviam palavras a serem ditas, o olhar
falava mais alto sobre o sofrimento do coração
angustiado e ela implorava piedade para
seu filho, força no suportar a dura prova!
Marta Peres