MINHA LOUVEIRA

Ah! Minha cidade!

Minha Louveira!

Eu vivo nas suas igrejas e casas antigas com paredes velhas e telhados baixos...

Eu vivo nos seus velhos muros de avenca, onde aquele jasmineiro antigo se debruça naquela rua singela e sinuosa...

Eu vivo nas suas casas modernas, cochichando umas com as outras no aglomerado do progresso...

Eu vivo na ramada das suas árvores, sem nome e sem flores, nem frutos...onde descansam gente cansada e pássaros vadios.

Ah! Minha cidade!

Minha Louveira!

Eu vivo nas canções festivas das suas festas tradicionais e no vozerio alegre de suas crianças, que, em bando, debandam das escolas...

Eu vivo nos seus imensos e coloridos parreirais que enfeitam suas plagas verdejantes...

Eu vivo no delicioso aroma das suas uvas maduras e dos seus morangos silvestres...

Eu vivo nos seus bairros sempre crescentes, que se alongam, sem, no entanto, ferir a sua bucolidade.

Ah! Minha cidade!

Minha Louveira!

Eu vivo na sua cultura e no seu passado, onde sua história é contada para ensinar o jovem a te amar e o idoso recordar...

Eu vivo nos seus ilustres antepassados, homens gloriosos que, com suor e trabalho, construíram a sua história...

Eu vivo no apito do trem que trazia senhorinhas coquetes, senhores garbosos e escoava sua produção de frutos e plantas para distante comércio...

Eu vivo na religiosidade de sua gente e na placidez de suas águas, como um batismo a todos aqueles que a escolhem como seu berço ou morada.

Eu vivo no seu ar...

Na sua luz,nas suas águas

nas suas videiras.

Enfim...

Eu sou você, minha cidade!

Minha Louveira!

Dia 22 de Agosto - Dia do Escritor Louveirense.

Ademir Tasso
Enviado por Ademir Tasso em 22/06/2009
Código do texto: T1661425
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