Oh! Negro,
Além do horizonte, em um continente africano
Um povo que nasceu livre e feliz em sua terra
Por brancos inescrupulosos foi seqüestrado
Transportado em calabouços de navios negreiros
Do Congo, Angola, Guiné, Moçambique, Luanda
Para escravizados, viverem neste Brasil imenso.

Oh! Negro,
Teus antepassados tinham marcas na Alma
Cerceados, sem a liberdade física e religiosa
Aprenderam que o negro vai para o inferno
Enquanto homem branco vai habitar o céu 
Tuas divindades foram rotuladas de maléficas
E, os lamentos na senzala atraiam o mal.

Oh! Negro,
Não esquece que teu povo no passado
Foi marcado a ferro e fogo como gado
Acorrentado, chicoteado e dilacerado
Derramando lágrimas, vertendo sangue
Fugindo dos brancos para os Quilombos
Por não suportar a humilhação e a dor.

Oh! Negro,
Honra tuas raízes, o que tua historia conta
A memória do líder Zumbi dos Palmares
Que teve sua cabeça cortada e salgada
A qual foi exposta em praça pública
Para desmistificar a lenda de um guerreiro
E a crença na imortalidade de Zumbi.

Oh! Negro,
Não permita que te roubem a identidade
Que os atabaques toquem sinfonias africanas
Que tuas divindades sagradas dancem a paz
Pedindo a Deus, “nosso sinhô do branco”
Ao Pai Olorum, que é o “nosso sinhô do negro”
A igualdade, em um Brasil de Paz.


Esè Epa Bàbá
(você faz, obrigado Pai)
verita
Enviado por verita em 20/11/2011
Código do texto: T3345692
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