EM BUSCA DA LIBERDADE

Tenho em minha face

As marcas das lágrimas

Do sal deste mar sem fim

Que ganhei por ter nascido desta cor.

Fui arrancado à força do meu berço

Em um veleiro velho fui jogado

Com isso fui marcado e açoitado

Cercado de muita dor e injustiça com meus irmãos me encontrei.

Mesmo tento muito lutado

Fui condenado à escravidão

Hoje sou chamado de preto velho

Pelo meu senhor

Com isso sou obrigado a dizer:

Sim, io...io!

Por medo do Pelourinho...

Hoje sou a mistura

Brutal e negra

Da ginga

Da dança

Do agogô

Do batuque

E como o poeta falou

O choro de África é um sintoma

De tantas nações guerreiras da minha mãe terra que aqui chegou.

Com isso hoje a senzala esta tomada por todas as nações

Nesta terra desconhecida pelo meu povo.

Agora face a face

Unimo-nos com as nossas semelhanças e diferenças

Em busca da nossa liberdade.

Roseana Lemos
Enviado por Roseana Lemos em 19/12/2014
Reeditado em 21/01/2020
Código do texto: T5075218
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