Senhora do Destino.

Mulher doce e meiga senhora do destino.

Caminhas sobre o mar frio e gélido.

Nua e Florida.E lágrimas descobertas!

O teu tempo é narco desdenhoso.

Seguindo-a em leito sobre as missões.

Suave no olhar adutor, liberto vício de tormentos.

E quão grande é esta tua voz?"

Na valsa perene.Flutuas Amor...Tão esmeraldina.

Contentando de diálogos.Belos.E amorosos.

Sentes, na dor, a nítida esperança febril!

Pura!-Semente do frequente oriente atalante.

Feres, Mal.Ah que maldade angelical.

Alma, sê, jasmins. Simples querubins.

Venturando prazeres nos seus caminhos.

Cedendo à vida- Por teus filhos.

Vidas que vão, lugares serão.Mas um dia acolherão!"

Assentas?Tua face, sobre os campos sombrios.

Tendo sonhos sobre o leito que fere-te.

Pois não entristece por drama.

Pois tuas lutas, ainda declamam-te.

Na rama, na lama, no ventre, no melodrama.

Tantas flores, e ainda procuras o pindorama.

Sobre a luz, d'um simples manifesto.

Não são loucuras, nesta tua alma,

Pois os dias.Raiam leveza.

Eh.Que destreza vês.Nesta nobre beleza.

Harpas de amor de algum penhor,

Calando os sisos dos varões.

Mastigas a face como a noite.

Mensurando razões ao vil árduo pecaminoso.

E flores caem, como sombras, na lama.

Perfumando a calma nos teus seios belos.

Consolando os espíritos das vastas epopeias.

Retardando o tempo de valores singulares.

Olhando as estações da dança.

Lindos passos sobre a noite funesta,

Arrancando-lhe os traços de donzela.

Linda na astenia, refém da sua real harmonia.

Rodopiando como cisne nas águas escuras,

Refutando o sol escandante- da verdade.

Noturna sombra de tua paz celeste,

Abrindo manhãs campestres sobre os desertos, nua.

Parda obreira. Nos currais de eira, Sobras vós?

Debulhando paço nos retalhos da figueira.

Mulher doce e meiga senhora do destino.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 17/03/2016
Reeditado em 17/03/2016
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