Escritor...
Que vive do tormento que lhe acompanha.
Busca sem cessar a melhor maneira de contar.
Anda pelas ruas esquecido, só a observar o vai e vem
de passos corridos.
Encanta-se com a cena, calma, serena ou tempestuosa.
Tudo lhe serve.
Só o tormento não cessa e nem seu caminhar.
Busca longe o que em toda esquina poderia encontrar.
Oh, Escritor!
Corre mundo, depara-se com a dor,
renegam-te e te olham de soslaio.
Mesmo assim não deseja parar?
De sapato roto, de tanto andar nessa estrada poeirenta.
Quem escuta o seu grito? O tempo?
O eco traz seus versos, versos que vivem a flutuar e
ao descer caem no colo, nas rodas e causam furor.
Tu és lembrado porque atravessou dias inebriados,
sem se abandonar.
Para ti a imortalidade de atravessar o tempo
e ser capaz de escrever e viver.
Maria Bernadete Bernardo de Oliveira
Que vive do tormento que lhe acompanha.
Busca sem cessar a melhor maneira de contar.
Anda pelas ruas esquecido, só a observar o vai e vem
de passos corridos.
Encanta-se com a cena, calma, serena ou tempestuosa.
Tudo lhe serve.
Só o tormento não cessa e nem seu caminhar.
Busca longe o que em toda esquina poderia encontrar.
Oh, Escritor!
Corre mundo, depara-se com a dor,
renegam-te e te olham de soslaio.
Mesmo assim não deseja parar?
De sapato roto, de tanto andar nessa estrada poeirenta.
Quem escuta o seu grito? O tempo?
O eco traz seus versos, versos que vivem a flutuar e
ao descer caem no colo, nas rodas e causam furor.
Tu és lembrado porque atravessou dias inebriados,
sem se abandonar.
Para ti a imortalidade de atravessar o tempo
e ser capaz de escrever e viver.
Maria Bernadete Bernardo de Oliveira