PRIMAVERANDO A PRIMAVERA... 

Entre riso de um silêncio,
Choro ou risos de alegria,
Traz tristeza ao coração
Em palavra antagônica.
Em minh’alma bombardeio
É da vida é da morte,
Uma flor traz devaneio...
 
Flores que me sorriem...
São sementes de amor
Exalando paz na terra
Florescendo em vasos
Na terra de ninguém
Sepultando ódio da guerra
Renascendo em botões
Se doando em pendões.
 
Flores que se doam ano inteiro
Quando murcha ainda exala
E se doa à terra em húmus
Não se opõe em tempo algum
Venta tempestade canta
Ela verga se entregando
Se arrancada exala olor
Até no livro é primorosa
Marca um tempo olorosa.
 
Fosforesce em terra seca
Da vida a morte é enfeite
Canta a dor canta o amor
Têm suas cores seus odores
Faz da prima veraneio...
E em permeio galanteio
Por todo canto só há flores
Até no lixo nasce bela
A si própria se revela...
E na água se aquarela.
 
Primorosa Primavera
É vigor em canto mil
Juventude mocidade
Em todo tempo seja abril
De alma pura campesina
Que floresça as estações
Do pueril, adolescer,
Do ladino a embranquecer
Da vida vai primaverando
Estio inverno o desfolhar...
Até tua viveza desbotar.
 
MargarethDSL
Setembro/2016.